As vivências realizadas no último ENEH se mostraram frutíferas e condizentes de se tornarem uma das práticas imprescindíveis do Encontro Nacional. Acreditamos serem momentos oportunos para que se conheça e conviva em espaços de luta nas cidades sede. Um município como Seropédica oferece espaços que para além de serem observados, contribuem na formação política dos estudantes de História. A teoria deve ser constantemente confrontada com a prática.
Como dinâmica, pretendemos organizar incursões até determinados locais, com guias da COENEH que tenham contato com as experiências a serem vividas e previamente combinadas com facilitadores dos próprios espaços selecionados.
A comissão de vivências, pensando o tema do ENEH deste ano e em acordo com as demais comissões, elaborou duas visitações para diferentes regiões do RJ:
Segunda-feira, dia 27/07.
http://www.pretosnovos.com.br/cemiterios.html |
Este roteiro, guiado pelo professor Gabriel Siqueira/UERJ, busca tirar do silêncio histórico a passagem, vida e morte das cargas humanas (africanos escravizados) que fizeram parte do contexto cruel da sociedade escravista brasileira nos séculos passados. Tais achados no centro da “cidade maravilhosa” nos fazem repensar a forma como concebemos a posição do escravizado em uma urbanização nos moldes europeus. Isto passando pela Praça Mauá, Prainha, Pedra do Sal, sítio arqueológico Cais do Valongo, Cemitério dos Pretos Novos (1779-1830) e IPN (Instituto dos Pretos Novos).
Encontro e saída às 08:30 na Rodoviária da UFRRJ.
Retorno previsto para 15 horas.
Obs. O final deste roteiro é no IPN (Instituto dos Pretos Novos) que não recebe ajuda financeira do Estado e assim conta com as doações, dessa forma quem quiser colaborar pode doar R$ 2,00 no local.
Quarta-feira, dia 29/07.
http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/quilombo-santa-rita-do-bracui
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O quilombo Santa Rita do Bracuí guarda vivas as tradições afro-brasileiras em Angra dos Reis. Atualmente, 130 famílias vivem no quilombo e desenvolvem atividades culturais e oficinas de capoeira, jongo, musicalização, percussão, ecoturismo e artesanato. No quilombo, se encontra a Associação de Remanescentes, que, dentre outras realizações, está a produção do documentário “Bracuí: Velhas Lutas, Jovens Histórias”. Assim a vivência no quilombo trata de dar voz à luta pela sobrevivência e manutenção de uma cultura que nossa sociedade atual teima em chamar de folclore, e uma das pessoas que nos guiará no local é a dona Marilda, jongueira, contadora e (en)cantadora de histórias e que divide com muita alegria todo o seu saber vivido e o recebido dos outros antes dela.
Encontro e saída às 08:30 na Rodoviária da UFRRJ.
Retorno previsto para 16 horas.
Obs: Para este roteiro pedimos que os encontristas reservem R$ 20,00. O almoço é feito no local do encontro, no quilombo, assim o valor cobre as despesas com refeição e auxilia na manutenção local.
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